quinta-feira, 24 de maio de 2007

like a window or a thought (1)



(já vou indagar de onde tirei isto)

A matemática é fácil, a poesia é difícil! Questão de opiniões. Ou de saberes. Sim, porque o fácil e o difícil, dependem apenas do que somos capazes.

Dois mais dois são quatro, não tem o que enganar ou interpretar. São quatro! Nem que se virem todos do avesso, continuam a ser quatro!


Ao contrário, quando alguém escreve “abrir o nosso pensamento aos outros é abrir uma janela tantas vezes fechada, por razões com razão…” Mesmo virando-me do avesso, eu não consigo ter a certeza se ele abre as janelas por telepatia ou, simplesmente, pensando em voz alta, as janelas se abrem por si mesmas. E mesmo que eu faça o pino, contínuo a não decifrar por inteiro, qual a razão que a razão tem. Ou não.


É confusa a mente de poeta. “umas vezes irónica, outras sem graça, iluminada em batalhas travadas consigo mesma entre o sim e o não, ou assim assim, que nem inocência de crianças entrando em mar revolto. Passa pela vida de estação em estação, ébrio, tresloucado, amando cada descoberta num intenso vazio preenchido de passados guardados, sonhados, ardentes, perdidos nele próprio”.


Um dia, decide partilhar tudo isso com os outros e é então que estes, como que por magia, sentem (às vezes, como eu, nem sabem bem o quê, mas sentem) e imortalizam-no enquanto sonham, de olhos postos numas folhas de papel. Será pela junção das letras, serão as palavras, serão os pensamentos? Ou será apenas a magia? Apenas?... Não sei, nunca fui boa com poesia.

Parece estar a correr uma aragem… ahhh abriu-se ali uma janela.

Já volto, deixo a porta encostada, que ainda não terminei (reparem que nem coloquei o ponto, porque ainda não terminei!!!!)

18 comentários:

o alquimista disse...

Os teus pés são navegantes na espuma, o teu cabelo dança em descuidada ironia, suave viagem de ondulante onda em tua boca, duas sílabas sopradas em mágica melodia.

Mágico beijo

foryou disse...

Espera um bocadinho alquimista que eu vou experimentar virar-me do avesso...
.....
....
não resultou!
vou fazer o pino, só mais um minuto....
.....
....

pelo menos a magia do beijo já entendi...
outro para ti :)

Nilson Barcelli disse...

Não terminaste, mas este teu post é uma delícia.
E se calhar até és poeta, mesmo sem o saberes... experimenta, não tenhas medo, pois a poesia nem sequer é uma ciência exacta. Isto é, não dá para conferir e tudo é subjectivo...
Beijinhos.

Um Poema disse...

Eu nem deveria comentar.
Só que, pelo respeito que tenho pelo saber dos outros, sou levado a questionar se é o povo que está errado ao dizer que "de poeta e de louco toda a gente tem um pouco"?

Enfim, vou meditar nisto até que regresses.

Um abraço

mac disse...

Matemática é fácil? Depende...que quanto mete integrais é bem lixada. E as notas dos alunos é aquilo que se vê...
Ao menos no tempo dos Gregos Matemática e Poesia andavam de mão dada.

Isabel disse...

mac:
nunca consegui ver aluma ligação entre a matemática e a poesia; haverá?!

este post está um encanto; nele bebe-se poesia. Não haverá por aí uma veia poética escondida?!

Bjt

Prof disse...

Gostei muito deste post. De facto, é uma comparação que eu própria utilizo muitas vezes na sala de aula para explicar aos meus alunos a diferença entre, por exemplo, disciplinas como a Matemática e a Filosofia.
Um beijinho!

mixtu disse...

nem coloques nunca o ponto...
e como é fácil é por vezes.. fácil :_)

abrazo

Maria disse...

Eu ontem à noite encontrei esta janela aberta e apanhei uma tal corrente de ar....
... que hoje estou constipaaaada...

Volto mais logo para ver o ponto final deste belíssimo post.

Beijo

Zé Miguel Gomes disse...

Difícil, difícil, é declamar o teorema de Pitágoras em soneto! :)

Fica bem,
Miguel

Arcanjo disse...

Antes de mais o meu muito obrigado pel sua visita na minha nuvem e espero que seja a primeira de muitas mais.

Ainda bem que deixou a janela aberta, entreabriu a porta e que jamais coloque um ponto final...

Que se juntem sempre letras e que estas corram livremente pelas folhas de papel. Pensamentos? Magia? Seja o que for que seja sempre nosso e que ascenda do mais profundo da nós mesmos... pois apenas quem realmente souber ler nas linhas e nas entrelinhas conseguirá entender o verdadeiro significado da alma.

Alguém que muito amo e que partiu recentemente dizia-me com frequência: "Sabes minha querida, viver não custa o que custa é saber viver!".
O Saber Viver é previlégio de poucos que sabem o verdadeiro valor da vida, que a estimam e a engrandecem.

Obrigado pelo previlégio de a ter conhecido e de me ter dado prazer de tão agradável companhia que mesmo tendo sido por breves instantes foi o suficiente para sentir a força, a ternura e o saber viver dentro de si.

Voltarei sempre e espero que da próxima vez possamos não apenas tomar um café mas que o tempo nos permita prolongar esse momento.

Desejando-lhe um fim de semana excepcional, mesmo que chova, deixo-lhe uma pena das minhas asas, partilhando um beijo, um sorriso e a minha mão. :-)***

Tiago Mendes disse...

Post interessante! :X
A comparação entre a matemática e um poeta. Uma coisa não lembra a outra...
Que acontecerá em seguida... ficarei á espera (também não coloquei o ponto final) ^^

Beijos ;)

Mário Margaride disse...

Atenção à corrente de ar! Não vás constipar a tua cabecinha, que tão belíssimo texto aqui colocou!
E ainda não está terninado o post! Imagina quando estiver!
Cuidado com a janela aberta...

Bom fim de semana

Beijinho

Carla disse...

Poesia está no nos olhos de cada um e na forma como vê e sente a vida que se abre perante o seu olhar e o seu sentir...
Poesia és tu, poesia sou eu... poesia está em cada um de nós...
beijinhos

Miguel disse...

O poeta escreve com a alma, não utiliza apenas o racíocínio, faz mais perguntas do que dá respostas, mostra inquietações em vez de soluções. O poeta sente, sofre, vibra, ama. O poeta abre a janela, não fecha o problema.

tb disse...

abrir a janela e deixar a vida correr, é ter alma de poeta.
:)

Teresa Durães disse...

eu escrevo poesia e romance. pequenos textos, contos. acima de tudo é a necessidade de reconstrução, expressão, por vezes catarse. outras atingir o in il temporo (escrevo sempre mal... :)) fora do tempo)

não sei se a matemática é assim tão linear ahahahha em análise matemática não parecia!!

rascunhos disse...

Como eu gostei do seu post e garanto-lhe que não foi só por gostar de matemática e de poesia...

deixemos então tudo em aberto e sem pontos