Questionaram-me “eras capaz de ser infiel?”. Desculpa lá a resposta mas... fiéis e infiéis são os cães, e eu nem cadela sou! “Mas uma amizade colorida...?”. Todas as minhas amizades são coloridas, como já respondi ali uma vez! “Mas não achas que temos os mesmos direitos?” Também já respondi a isso, ali !
Homem e mulher são seres diferentes física e psicologicamente. Estou absolutamente certa disto. É um facto! Mesmo que como seres humanos que são, tenham muitas semelhanças entre si.
Todos nós como seres humanos que somos, queremos amor, ternura e é claro, prazer. Nisso somos absolutamente semelhantes. Difere a forma de o exteriorizar, de o sentir e de o fazer sentir.
Homem não é nem mais e nem menos “cafageste” do que mulher (como dizem os brasileiros). É tão capaz quanto nós, de uma palavra carinhosa, de um gesto ternurento ou de uma lágrima e de muitos sentimentos. É tão capaz quanto nós de sofrer como de ter prazer. Apenas acontece tudo de forma diferente porque no fundo homem e mulher só diferem no cromossoma X e Y, mas essa perninha a mais ou a menos na letra, tem um impacto real sobre todo o seu ser e se a isso adicionarmos a influência cultural, então temos dois seres bem diferenciados.
Ora são precisamente estes factores que vão dar resposta às tais perguntas.
Por natureza nós não somos monogâmicos! E a mulher não o é mais do que o homem. A ele agrada-lhe olhar um bikini reduzido tanto como a ela lhe agrada mostrá-lo. A ela agrada-lhe um corpo atlético, tanto quanto a ele agrada mantê-lo. Ele sonha com a Nicole? Ela sonha com o Tom! A ele excita-o um toque. Ahhh e pensam que a ela não?! Ele flirta numa palavra, num olhar, a miúda à sua frente. E ela não flirta com o corpo inteirinho?!
Ela é casta e pura não joga fora de casa nunca! Hã?? Ah pois! Só quando o marido é um monstro com enormes tentáculos. Ele por acaso também só pula a cerca quando a mulher sofre de dores de cabeça e é fria que nem gelo da sibéria. Ora, tenham santa paciência! Que cada um faça o que muito bem entender sem que para isso tenha de apresentar justificações bizarras, ou colocar rótulos em testa alheia.
Elas só querem colocar a anilha no dedo deles. Um dia descobrem que ser a “outra” é muito melhor porque nem precisam de lhes lavar as meias. Entretanto, fazem tudo para a outra passar a ser “outra”, na volta é porque têm um fetish qualquer por meias. Eles fogem da anilha até ao dia em que descobrem que precisam de uma máquina de lavar. Depois arranjam uma crise de 40 que pode ser de 30 ou 50 e perdem a anilha sem a largar. Bhhhaaaaa.
A mulher quer palavras românticas, jantares à luz da vela. É normal! Seu libido é activado a partir daí a outra parte vem logo de seguida. Ele só quer despi-la. Convenhamos que se só quisesse vesti-la seria mais preocupante.
Homem só pensa em sexo. Ah sim, pois, está bem, mulher nem ousa pensar em tal. Tirem-me deste filme!
Vamos lá acabar com essa treta de passar a vida a discutir quem é melhor que quem. Isto não é nenhuma competição. Para quê falsos moralismos ou ainda mais falsos feminismos, modernismos ou abertismos?! Não somos anjinhos e nem imbecis. Nem eles! Parem lá de se armar aos cucos que quando chega a hora vocês são bastante ternurentos e depois claro que atiram com uns %$&&$#&. Não precisam de se armar em falsos machistas ou falsos arcanjos. Eles não se armam nem em dóceis nem em monstros, são apenas homens! Não são mais modernos, nem mais abertos, nem menos piegas, nem mais e nem menos coisissima nenhuma! É apenas uma questão de cromossomas e sistema social: são homens e foram educados nesta sociedade.
Ela gosta do mundo colorido! Ele gosta do mundo às cores! É saudável que assim seja!
Amor, prazer, ternura são bons quando andam juntos mas não são sinónimos!
Ternura é aquele sentimento forte que existia ontem, existe hoje e pode continuar a existir amanhã.
Prazer é aquele momento no “aqui e agora”.
Amor? É aquela coisa que se sente e não se explica. Junta uma enorme ternura com muitos “aqui e agora” e acaba por nos fazer ter vontade de ir contra-natura e nos torna monogâmicos de acções mesmo que não de pensamentos, pelo menos no muito ou pouco tempo em que dura o estado de enamoramento, capacidade de adaptação social e controlo de impulsos.
E porque hoje me apetece tornar este post ainda mais longo (ou para atenuar o tédio que assola por aqui)...
"Estavam casados fazia um mês. Um casal feito de seres diferentes como todos os outros, num enamoramento permanente onde as discussões eram escusadas.
Ele nunca tinha mexido uma palha. É aquela ternura de gente que ía deixando cair a roupa do quarto até ao WC. Ela odeia conflitos mas não se deixa ficar...
Durante uma semana a roupa foi ficando onde caía. A máquina de lavar entrou em greve. Ir às compras népia. Limpar e arrumar estava fora de questão. Até que finalmente deixou de cozinhar.
“Onde estão aquelas minhas calças...?”
“Lá!! Exactamente onde as largaste! Não se deslocaram nem um milimetro!”
No mesmo dia sentaram-se ambos à mesa, frente aos pratos vazios...
“Está saboroso”
“Hã??? O quê?”
“O almocinho que tão carinhosamente preparaste para nós!”
À noite quando se preparavam para deitar...
“Agora dormes à tarde?”
“Não”
“Ahhh... pensei... como agora a cama nunca está feita...”
“Ando a tentar ensiná-la a fazer-se sózinha mas não aprende, sei lá porquê...”
“Olha lá... tu andas um bocado esquisita... estás a tentar dizer-me alguma coisa?”
“Não! Estou a tentar fazer-te aprender! Mas tu andas um bocado parecido com a cama...”
“hum... já percebi...”
“:) gosto de ti”
E ele dela"
Boas férias a quem está de férias. Bom fim de semana aos outros. Finalmente também vou dar férias ao tédio (que ao trabalho já me tinham obrigado a dar) que eu também sou filha... do meu pai, aquele grande homem, que são normalmente os pais.