terça-feira, 29 de abril de 2008

curtas

Se alguma vez pensar em voltar a casar... quero ser homem!!!!

A avaliar pelo tempo que o meu filho demora a despachar-se... de certeza não há casamento!!!


segunda-feira, 21 de abril de 2008

memórias

Caminha por aí sem se importar muito com o que encontra. Apenas tentando repescar lembranças sumidas. Alguém lhe reavivara a memória sobre algo que possuira em tempos idos.

Aqui e ali vai reconhecendo uma letra, um parágrafo, uma palavra. Separadas surgem sem nexo, sem sentido, sem significado. Juntas constroem puzzles, ou nadas, ou tudos...

Sem caminhos pré-definidos, avança, recua, pára, vira...

Aqui e além vai tomando novas estradas, cruzando novas estações, ultrapassando novos precalços. Sem querer ou por querer, sei lá, estaciona nalgumas paragens porque algo lhe é familiar ou... porque a fazem sorrir.

Afinal, tudo na vida é uma cadeia e em tudo na vida há coisas que nos fazem rir e gente que nos obriga a sorrir. Uma delas são os amigos, bons ou menos bons porque alguns têm tanto de anjos como de demónios, reais ou não porque o sentimento pode ser forte sem corpo; mais ou menos anónimos, porque como eu ou tu podem não ter nome; mais ou menos coloridos porque como respondia alguém à pergunta “e tu não tens mesmo, mesmo, mesmo amizades coloridas?”:

Não. Já me posso ir embora? É que combinei um café com uma amiga...

E sem querer, a pouco e pouco, foi renascendo talvez porque há pessoas que “costumo ser um bom amigo com quem estar” e não se enganam, mesmo que tenham a mania de sonhar com dias de sonho em que não se levantam às 6:37h da manhã.

Ou simplesmente porque deixam tanto em nós, que nem tentamos quantificar...


quarta-feira, 16 de abril de 2008

há dias/tardes/noites em que não deviamos sair da cama

Eu garanto que não gosto de encrencas. Dou a minha palavra que não procuro confusões, elas é que vêm ter comigo, sabe-se lá porquê. Mas a verdade é que às vezes penso que sou a sta casinha da misericordia e só me falta distribuir lotarias.

Primeiro espetam-me com uma reunião de 4 horas a discutir o raio do sexo dos anjinhos. A seguir aguento o diabo da fisioterapia que eu já expliquei um milhão de vezes que já não é preciso e que estou bem, como aliás se pode comprovar pela minha paciência em reclamar.

Depois de duas doses destas só me restava ir ao supermercado buscar qualquer treta rápida para comermos e regressar à paz (paz????) do meu lar. Mas quando chego à caixa para pagar aparece a amiga loirinha que faz logo um estrilho desgraçado, como é hábito sempre que nos encontramos. Ainda por cima com um cartão ainda mais loirinho que teima em custar a passar. Resolvida a questão e mais dois dedos de conversa porque a tal paz do lar me chamava, lá regressei a casa.

Mal tinha entrado toca desenfreada a campainha “ah e tal venha cá que a sua gata caiu cá em baixo”

“Outra vez????????????”

Voltei-me para pegar a chave e... uma... duas... hã?? Uma... Duas... Alto lá!!! Estão aqui duas gatas!!!! Mas então... a minha gata não está lá em baixo!!! Uff! Bem, só pode ser a do 4º andar!

Abro a porta e chega o elevador com um gatito encolhido. Não podia deixá-lo ali. Lá o separo das minhas (que já olhavam de lado e alem disso não quero reproduções cá em casa) arranjo onde a deitar e ligo ao meu santo vizinho (o homem há-de ir para o céu mesmo antes de morrer, é garantido) para me acudir. Lá vem o vizinho (que já não me deve poder ver nem pintada) e liga à vizinha do 4º andar que “vou já para aí!”

Entretanto liga a amiga com voz de quem tem um caso mal parado “estás em casa? Posso ir aí?” Claro!!!!!!!! Porque não??? Isto é casa da sogra!!!

Esperei pelas duas. Sai a vizinha, sai i vizinho, sai a gata, entra a amiga. “ah e tal, podes ajudar-me? Já não sei para onde me virar...” Olha tem piada que nem eu!!

Liga o filho “mãe, já fizeste jantar?” Achas???????????? “não faças que já é tarde, nós levamos um mac” fixe menos um jantar para fazer, mas despachem-se que ainda não almocei e tragam mais um para a amiga. E lá voltamos ao problema matrimonial da amiga.

No meio da minha actividade de conselheira matrimonial, advogada, padre, psicóloga... começo a estar cheia de fome e as horas a passar.

Chega finalmente o filho e mais o amigo do filho, mas onde diabo se meteram vocês???

“desculpa a demora, mãe, mas... ele perdeu a carteira e andamos à procura... depois fomos ao mac... eu trouxe mac´s mas... não tinha mais dinheiro, naõ chegava para menu e o meu cartão não funciona... importas-te de fritar batatas????” Claro!!!!!!!!!!! Porque não??!!! Afinal são só 23:45h e eu ainda não almocei!!!


Eu devia mas era dedicar-me a mails!!! :S


sábado, 12 de abril de 2008

Compras e promoções ou quem me manda a mim fazer convites

Ir às compras é uma grande seca. Detesto ir às compras!

Talvez por isso decidi fazer um convite. Bem... ir às compras é um tédio desgraçado!!! A não ser que se tenha a feliz ou infeliz ideia de se convidar o filho e o amigo!!

Mal entrámos, deparamo-nos com uma banquinha promocional de caipirinhas. E eis que os meus dois acompanhantes param a provar e conversar com a mocinha (que por sinal era gira e simpática). Até aqui nada de especial, se não fossem as habituais gargalhadas deles a despertarem as atenções. Não tardou que a tal banquinha estivesse cheia de gente e eles a servirem caipirinhas e a venderem garrafinhas a tudo quanto era adulto. Menos mal... ao fim de uma boa meia hora lá os consegui arrancar dali.

Finalmente íamos começar a fazer as compras. O que eu não contava era que mais à frente havia uma banquinha de enchidos. Até eu que não provei nenhum já me sentia cheia só de os ver. E lá íam comendo e fazendo alarido enquanto diziam a quem passava “isto é que é um chouricinho de qualidade. Prove e não quer outra coisa” Só descansaram quando já mal conseguiam chegar à banquinha cheia de gente.

“Uff já me livrei desta” pensei aliviada. Redondamente enganada! Quando chegamos ao fundo do corredor lá estava mais uma banquinha promocional. Umas sopas, que eu por sinal detesto. “Não... sopa em cima daquilo tudo, eles não vão querer...” Pois... a sopa eles nem comeram mas... lá meteram conversa com a rapariguinha “ah e tal deve ser dificil conseguires vender as sopas” e no meio de conversa, sopa e gargalhada, lá começam as pessoas a afrouxar caminho e eu a ver o caso mal parado outra vez. Lá foram todos servindo as sopinhas, metendo conversa com quem passava, rindo e brincando. No final daquilo tudo deram sopa a dois putos que quando acabaram de comer desataram num diabo de uma birra até as mães comprarem aquela treta.

Decididamente ir às compras pode não ser uma grande seca... detesto ir às compras!

“Tens aí dois bons vendedores” diz-me uma amiga. “Eu tenho é dois malucos!” respondia-lhe eu.

Foi provavelmente a ultima vez que convidei alguém para ajudar nas compras. É que, como ela diz e muito bem “um ainda podes devolver à procedência, mas o outro queixa-te a ti mesma!!”



quarta-feira, 2 de abril de 2008

1st (or 8th?...) birthday - the begin of the end

Ouve lá miúda mas tu regulas bem?

Quando o feto cresce e rompe a placenta na ânsia desenfreada de cruzar um novo mundo, vem trôpego, cambaleante, mas decidido. Solta os pulmões num grande suspiro dando livre trânsito às cordas vocais e experimenta pela primeira vez, o ar que respira. É nesse momento que começa a aprendizagem.

Não é fácil. Aprender que há um momento para tudo na vida. Aprender a engolir, aprender a adormecer sozinho. Aprender a sentir. O frio, a fome, o sono e a sensação de conforto... Aprender a destrinçar entre riso e choro, fome e sono. Aprende a engolir... deve ser dificil aprender tanta coisa, que hoje achamos tão simples... quem nos ensinou a engolir? Quanto tempo demorámos até aprendermos a controlar os esfíncteres? Quanto tempo precisámos para saber que aquilo ali é uma sanita? E que isto é uma colher? E quanto tempo passou até conseguirmos apreender aquele banal movimento, que faz a colher mover-se do prato até à boca?

Caramba... aprendemos tanta coisa num só ano... e passou tão rápido até darmos os primeiros passos...

Guardaste essas memórias? Escreveste-as para as recordar? Não! Perdeste algumas delas, mas ainda assim, elas ficaram lá e foste repescá-las. Não precisaste guardar nada numa folha de papel. E agora, quando precisaste, reaprendeste tudo de novo porque tudo estava guardado, aí nas profundezas dessa coisa aquecida pelo teu cabelo. Mesmo que achasses que não.


Faz um ano que este blog nasceu. Aprende-se tanta coisa num ano e acontece tudo tão rápido, até a lentidão... ainda que o deite fora, porqe já nem faz falta... ficará guardado algures numa memória qualquer, mesmo que estremeça, poderá ser sempre reaprendido. Porque cada um de nós será sempre o todo de si próprio, aconteça o que acontecer.