terça-feira, 31 de julho de 2007

Porque é tão fácil ser feliz! Basta conseguir acordar!

Os vencedores deveriam sempre distribuir os louros, porque ninguém vence sozinho.

Nas batalhas mais dificeis sempre temos de contar com a feição do vento, com a consistência do piso, com o potencial do inimigo, com as armas disponiveis. E tudo isso nos transcende. Não é valorização unicamente nossa, mas de outrém.

Aos outrém todos que a nós se juntam, devemos também, as nossas vitórias. Não porque sejam melhores que nós ou porque sejamos piores que eles. Não porque devamos ser demasiado modestos. Não porque não tenhamos o nosso próprio valor. Temos! Mas apenas porque sozinhos não somos nada.


Aos meus amigos. Aos meus melhores amigos! Aos meus colegas. Aos meus estupendos colegas! Aos meus alunos. Aos meus fantásticos alunos! Aos conhecidos. Aos que incrivelmente nem me “conhecem” mas...! À minha família. À família mais chatinha do mundo! Ao meu filho. O GRANDE FILHO! Aos homens e mulheres da bata branca. Aos incansáveis homens e mulheres da bata branca que acreditam nos 5% de hipóteses! Afinal 5% são 5%! :)


À cambada de desocupados que por aqui andaram :D

Porque nenhuma vitória é unicamente nossa! Nenhuma!!


A VOCÊS! O... e o... e a... e... e........ :)

Obrigada por torcerem sempre, incondicionalmente e me ajudarem a regressar!



Ao Pedro, obrigada por não me deixares ficar desse lado e me recambiares à vida :)


E agora tenho de descansar... de ficar deitada o tempo todo! Ai que tédio!



domingo, 29 de julho de 2007

Like a champion

Antes de partires deixaste-me dois ficheiros, eu deveria abrir apenas um e publicá-lo.

Não o fiz! Um porque não desejava abri-lo, o outro porque queria que o abrisses tu.

Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te. (William Shakespear – 1564-1616)

Aplica-se a ti!

Para que resulte o possível deve ser tentado o impossível. (Hermann Hesse – 1877-1962)

Também se aplica!

Bem vinda miúda!

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Like a trip

(Deviantart)

Aquele planeta era engraçado. Nele divertiu-se, amou, sorriu, trabalhou, chorou. Viveu. Nunca imaginara que houvesse um planeta assim, tão louco.

Recordou. Rebobinou. Gravou bem fundo na memória para não correr o risco de esquecer. Cada nome. Cada som. Cada odor.

Como num país de maravilhas o coelhinho chegou a avisá-la “está na hora”. Consultou uma vez mais o horóscopo “prevê-se chuva nos próximos dias, pelo que não deve viajar”. Chuva? Mais chuva? Sorriu. “Estes horóscopos humanos são tão fiáveis quanto as previsões meteorológicas” – pensou. E sorriu de novo “EU é que sei!”

Arrumou no saco as últimas peças: uma cerveja para o caminho, uma garrafa de casal garcia, que pode sempre fazer falta para algum churrasco, uns livros de poemas que não entende, mas espera vir a entender um dia. Não podia esquecer nada que lhe fizesse falta mais tarde. Anotou no bloco as últimas lembranças. Encheu o depósito com a melhor gasolina. Agarrou a bagagem. Olhou o céu, iluminado pelo luar. Marcou o momento, extasiada pela beleza. Imaginou ver dois anjos a acenar-lhe, mas terá sido impressão sua, por certo. Passou a mão, numa última festa ao cachorro. Ligou o motor e arrancou.

Sem pestanejar. Sem olhar para trás. Sorveu o pânico de um só trago. Respirou fundo e abraçou a última onda. Partiu. “vou ali e já venho” – gritou, mesmo sabendo que talvez não voltasse àquele planeta, ou talvez sim, sei lá…


(Beijo a cada um de vós)


quinta-feira, 12 de julho de 2007

Like thoughts

Sempre achei a poesia muito complicada. Coisa de gente erudita, coisa de deuses... ou de loucos... sei lá!

Pega-se um poema. Ouve-se o poema. Lê-se o poema. E cada um o pega à sua maneira, o ouve em sons diferenciados: umas vezes gritados outras silenciados.

O lê como bem entende, ou nem entende, ou finge que entende! E nem o poeta se entende. Às vezes ninguém se entende…


É verdade! Experimentem perguntar a um poeta: onde está o encanto? E ele responder-vos-á qualquer coisa do género:

“O encanto do deserto

não está nas dunas

não está na imensidão

está na esperança

de que a qualquer momento

pode surgir o oásis”

Só um lunático enxerga assim um deserto!


Mas tentem de novo. Vale sempre a pena tentar de novo...

“... e quando o peso da vida, esmaga os sonhos, e quando nos sentimos tão pesados, que até o respousar é cansativo.

... e quando desmontamos as gavetas, na tentativa de as arrumar e no regresso elas já não encaixam.

... e quando ficamos eternamente atrás da porta, com receio do que vamos encontrar do outro lado.

... somos ou não somos, em caso de dúvida achamos que somos”

Eu às vezes tenho dúvidas se sou... seremos?


Apesar de tudo, até eu gostava de escrever poesia. Ideias tenho muitas, falta-me é este engenho:

“Nada mais insupotável

Que a mente povoada de ideias

E não conseguir expressá-las

Apesar disso:

Uma maré ainda que seja vazia

É sempre uma maré”


Rendo-me! Eu nunca serei poeta! Até porque os poetas amam tudo e nada, num sofrimento desmedido de tão cantado.

“Um abraço, um laço

Um acorde no espaço

Sinfonia de um beijo

Um sentir

O desejo um compasso

A paixão uma pauta

Amar é piano

Orquestra, concerto, ovação”

Confessem lá: não é de louco fazer do amor canção?!


Ainda assim, às vezes, sonho ser poeta mas...

“Gostava de um dia ser poeta

Juro!

Por agora tento versejar

Pode ser que lhe apanhe o jeito

E não me venham com a falsa modéstia

A dor sinto-a

A poesia amo-a

Ela é que ainda não me disse o sim”

Ahhhh já disse sim!!! Tu é que andas aí nas nuvens e nem reparaste.


É assim que vejo o poeta. Louco, ébrio, amando cada pedaço da vida, recheando o vazio de cada momento, de cada pensamento que deixa voar pela janela para as páginas de um livro, que outros lêem inebriados, consulados, extasiados enquanto as esfolham. E podem não entender, mas sentem.


“Apenas as pessoas comuns fazem coisas

Extraordinárias

As fora do comum, limitam-se a sê-lo”

Eu não tenho a certeza se és fora do comum mas sei que, de certeza, não és comum.

E se o tempo não me faltar, nem a memória me falhar, eu hei-de aprender como tu

“E quando o vazio preenche os meus dias

E quando as palavras ignoram o que sinto

Invariavelmente volto atrás

Procuro o erro, os espaços em branco

Escrevo, apago, escrevo, até ficar preenchido”


Eu e a poesia nunca nos entendemos. Mas... Oh António, isso não é poesia, nem sequer rima, nem tem palavras dificeis, nem estrofes complicadas. Isso são apenas letras que, dum pensamento voaram pela janela, qual sopro de vento e aterraram numa folha de papel.


Obrigada António pela causa que esse teu livro abraça porque...

Há muito tempo que não vinhas cá...

Só devo vir quando estou bem.

Agora estás bem?

Não...

Então porque vieste?

Porque preciso ficar bem.

Vocês adultos são complicados, não são?!

Somos... por isso que vocês crianças existem... para descomplicarem :)

É que há coisas que não deviam ser, mas são…


Deixa a porta encostada que eu quero voltar...


“ poemas de António Paiva” hoje na Fnac Chiado.


(e sim, escusam de perguntar, eu respondo já que me pagam muito bem para eu publicitar! LOL)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Like noise

Bonito, sim senhor! Ora agora chegam à conclusão que a poluição sonora mata mais gente que a poluição do ar. Por esta é que não esperava.

Lá vai sair mais uma lei. Os restaurantes terão de arranjar espaço próprio destinado àquelas pessoas que fazem mais barulho que sete. Os adeptos nos estádios poderão sussurar F.P. ao árbitro. Discotecas nem pensar. Concertos nem vê-los. Complicados vão ser os comícios em época eleitoral. Aliás acho que também vão ter alguns problemazitos na Assembleia... Finalmente vamos deixar de ouvir as “canas rachadas” nos talk show. Os “meninos” terão de circular nos seus carrinhos com headphones. Não sei como vão resolver o problema daqueles automobilistas que a todo o momento gostam de verificar se as buzinas funcionam. Ahhh e finalmente as galinhas nas reuniões vão piar baixinho!!! Lá se vai é a horinha sexual do meu vizinho que, ou arranja um berbequim silencioso ou deixará de o ligar todos os dias às 20h... raio do homem!

Mas enquanto a lei sai e não sai, aproveitem, abram a janela e pensem , sempre arejam os neurónios e não fazem ruído.