segunda-feira, 23 de abril de 2007

like a truth

Quando o tempo parece esgotar-se. Quando os pensamentos se confundem. O mundo da lógica evapora-se. Mais uma vez, é como se o céu ameaçasse cair.

É a sensação de que tudo é negro (porquê negro? Porque o associamos sempre a negro? Se, afinal, o negro é lindo?...). O mundo perde a cor. O Sol perde o brilho. Tudo fica sem graça. Desengraçado. Como a rosa não regada.

A dor aguça. O nó aperta. A lágrima esforça-se por sair, enquanto a travas. É então, que o choro sufocado rompe, que nem rio correndo para a foz, em grito de liberdade.

Na ânsia de um beijo, de um carinho, de um pouco de atenção ou, tão-somente, de um abraço desinteressado. Insegurança. Medo. Melancolia. Solidão. Ou apenas uma opção?...


Agora… Acorda! Olha à volta!

Vá lá, olha de soslaio se quiseres, só com um olhito, pelo menos. Mas olha!

Já viste aquela rosa vermelha, a outra amarela? E aquela negra? Aveludada. O espinho pode picar-te mas é linda!

Vês aquele cachorrinho ali ao fundo? Os olhos brilhantes, a cauda a abanar, o pêlo macio. Talvez te ladre, mas afaga-te.

Repara naquela nuvem espessa, condensada. Viajante. Talvez seja negra, mas é engraçada a forma de anjo. Talvez chova. Mas lava-te.

Olha o riso daquele miúdo. E do outro. Às vezes choram como tu. Mas estão ali.

Consegues ver que não estás só? Também estou aqui. Just me! But not alone! Olha bem. Está uma multidão à nossa volta.


Abre a janela. Deixa entrar a luz. O ar fresco da manhã. Mesmo que esteja frio, podes constipar-te, mas não vais congelar.

Sai à rua, mesmo que chova. Salta na poça de água. Vais molhar-te. Talvez caias, mas vais levantar-te.

Olha para cima. É um imenso azul. Infinito. Não fujas. Não te vai cair em cima, por mais que pareça que sim.

É de noite? Lua cheia? Espeta-lhe um alfinete a ver se rebenta.

Não consegues dormir? Lava a cara e o pensamento. Esfrega os olhos, não vá a escuridão cegá-los. Vá, puxa o lençol. Vai lá ver no fundo da gavetinha. Há-de haver um sonho qualquer que se aproveite. Não? Bhaaa! Esses sonhos estão fora de validade. Constrói um novo, com as pedrinhas que sobraram do castelo que ruiu.


Repara! A felicidade está aí mesmo, na palma da tua mão. Tens de agarrá-la!


2 comentários:

Anónimo disse...

................

estás sempre a implicar comigo
eu sei que não sou perfeito

:((((

.................

:)*

Just Me... disse...

Agradeço o teu carinho, beijinho...